segunda-feira, 14 de julho de 2008

Aterros II - Conquista sobre os mangues desde o Forte São João até Bento Ferreira

Foi também nesse período que a área entre o Forte São João e Bento Ferreira passa a receber obras de aterro que tinham como justificativa a recuperação de áreas em manguezais, conforme mensagem de governo do ano de 1953. Foi construído o enrocamento, desde as proximidades do Suá até o antigo porto de Vitória, com a intenção de isolar os mangues e aterrá-los com o desmonte dos morros e a areia retirada pela dragagem do canal da Baía de Vitória.











Aterros - A cidade cresce

Originalmente Vitória era uma cidade imprensada entre o mar e as montanhas. A expansão de áreas da cidade que crescia foi conseguida também a partir da conquista do mar. Entre 1951 e 1954, o governo Jones dos Santos Neves iniciou a primeira dragagem da baía de Vitória e toda a areia retirada do canal serviu para o aterro que conquistou a primeira grande área para a ampliação da cidade, a Esplanada Capixaba.

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A Era dos Bondes

Na primeira metade do século XX, Vitória mesmo tardiamente começou a ter, através da iniciativa privada, os primeiros veículos de transporte coletivo, os bondes. Muitas histórias foram escritas no balanço dos bondes, entre Praia do Canto e Santo Antônio. A passagem era paga ao cobrador de farda cáqui, assim como do motorneiro. Moças recatadas e jovens bem vestidos se misturavam com estudantes que só queriam pegar uma ponga no estribo. Sobre as janelas anúncios pudicos ajudavam na educação: "Cortesia com cortesia se paga", "Prevenir acidentes é dever de todos", "Pede-se não fumar". A mais famosa propaganda ainda está na lembrança de muita gente: "Veja ilustre passageiro/O belo tipo faceiro/Que o senhor tem ao seu lado/E no entanto acredite/Quase morreu de bronquite/Salvou-o RHUM CREOSOTADO". Boa viagem

A Empresa Ferro Carril do Suá (EFCS) abriu uma linha de trem puxado a cavalo em 1907, usando veículos adquiridos de segunda mão de Niterói, Rio de Janeiro. [col. Elysio Belchior]

A EFCS também operou uma pequena locomotiva a vapor para o Morro do Suá. [col. Elysio Belchior]

Em 21 de julho de 1911, Vitória inaugura o bonde elétrico. O operador era o Banco do Estado do Espírito Santo. [col. Allen Morrison]

Em 1910 foi incluído este carro de enterro que era rebocado por um bonde de passageiros até o cemitério de Santo Antônio. [col. Nilton Pimenta]

Em Jucutuquara, depois de passar pela Paulino Müller, o bonde seguia até o final da linha próximo a Fradinhos.

O bonde atravessava a Av. Jerônimo Monteiro, por volta de 1915. [col. Allen Morrison]

Os postes das ruas do centro de Vitória sustentavam o fio do bonde e as luzes da rua [col. Allen Morrison]

Por volta de 1920, o bonde seguia pela Avenida Vitória até a Praia do Canto [col. Nilton Pimenta]

Ticket do bonde operado pelo Banco Hipotecário e Agrícola do Espírito Santo. Cada passagem dava direito a participar de um sorteio. [col. Allen Morrison]

Um bonde motorizado puxando um reboque em frente ao Forte São João. [col. Allen Morrison]

A garagem e a convertidora, que gerava energia para os bondes, ficava na Rua 7 de Setembro, no centro de Vitória. 1938 [col. Nilton Pimenta]

A mesma foto com os trabalhadores, de outro ângulo [col. Nilton Pimenta]

O bonde 52 depois da reforma. Ele foi adquirido em 1950 do sistema de bondes de Recife, Pernambuco. [col. Nilton Pimenta]

Um cartão postal da Praça Costa Pereira, a praça principal no Centro de Vitória. 1950

A parte superior, que ventilava e deixava entrar a luz, chamada clerestory, tinha sido retirada da maioria de bondes do Vitória por volta de1950, mas o carro 44 ainda mantinha a forma original quando esta fotografia foi feita em novembro 1958. [William Janssen]

O bonde segue em direção à Praia do Canto em 1959. [William Janssen]

O fim da linha na Praia do Canto em 1958. A rota do bonde se manteve a algumas quadras da praia. [William Janssen]